Destaques TI – Profs. Carla Maria Dal Sasso Freitas e Luciano Paschoal Gaspary

Profs. Carla Maria Dal Sasso Freitas e Luciano Paschoal Gaspary – Diretora e Vice-Diretor do Instituto de Informática da UFRGS –  Representantes do Instituto de Informática da UFRGS no Conselho de Administração da SOFTSUL.

Questões:

  • Como vocês analisam o mercado atual de TI no Brasil?

Do ponto de vista da Universidade, o mercado de TI tem sido promissor em vários sentidos: as empresas tem absorvido os recursos humanos qualificados que formamos; temos recebido muitos alunos em nossos cursos de especialização e as empresas incubadas no CEI – Centro de Empreendimentos em Informática do INF/UFRGS tem tido bastante sucesso de permanência no mercado. Por exemplo, temos atualmente 7 empresas incubadas no CEI e todas com excelentes perspectivas.

  • Quais as suas expectativas para o setor de TI em médio e longo prazo?

Nossas expectativas são de aumento da taxa de crescimento do mercado. Mundialmente o mercado cresce, e no Brasil não será diferente pois temos qualificação no setor. Basta observar a existência e ampliação de centros de pesquisa e desenvolvimento de gigantes do setor no Brasil.

  • De que forma o INF/UFRGS atua para o fortalecimento do empreendedorismo e inovação em TI ?

A UFRGS, através do Programa de Pós-Graduação em Computação, é reconhecida como a origem do setor de TI no RS. Seguindo essa característica pioneira, criamos (e permanece em nosso currículo) uma disciplina de  Empreendedorismo, em nível de graduação. Mantemos o Centro de Empreendimentos em Informática, com uma série de projetos e iniciativas relacionadas à incubação de novas empresas. O Instituto mantém projetos de pesquisa e desenvolvimento caracterizados como de inovação com diversas instituições. Enfim, buscamos realizar diversas atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária alinhados com o que se espera de um centro de excelência na área, contribuindo ativamente com a sociedade e, consequentemente, com o setor.

  • Na sua visão, de que forma as empresas de TI do RS podem ampliar a competitividade para enfrentar o mercado?

Esta é uma pergunta difícil porque não conhecemos detalhes do nível de competividade das empresas de TI do RS, para tecer comentários mais precisos. Mas, uma resposta que serve a todas é qualificação tanto técnica quanto de gestão. E neste aspecto, é nosso papel formar recursos humanos qualificados, capazes de se adaptarem a novas tendências e requisitos e, sobretudo, gerar conhecimento que possa ser transformado em novas tecnologias. Parece-nos haver espaço para contratação mais expressiva de doutores e mestres pelas empresas de TI, como ocorre habitualmente em grandes centros de tecnologia e inovação em países líderes no setor.

  • Qual a importância do trabalho da SOFTSUL no fomento ao setor de TI?

O trabalho da SOFTSUL no fomento ao setor de TI é importante. Graças aos seus programas visando ao fomento e apoio de ações de gestão, inovação e desenvolvimento tecnológico, é capaz de oferecer visão “externa” de como empresas podem qualificar suas práticas, bem como apoiá-las, de forma sistemática, no aproveitamento de oportunidades (por exemplo, editais, projetos nacionais e internacionais, e missões). Em um momento de dificuldades como o que passa o País, o apoio da SOFTSUL pode ser determinante para empresas terem condições de se engajarem nessas iniciativas.

  • De que forma a SOFTSUL e o Instituto de Informática podem colaborar visando nova geração de profissionais preparados e empresas internacionalizadas?

O Programa de Pós-Graduação em Computação hoje desfruta de reconhecimento internacional, sendo avaliado com conceito máximo na CAPES. Doutores e mestres formados pelo Programa encontram-se entre os mais qualificados no País. Muitos dos egressos tem ocupado posições em grandes empresas no exterior, como Google, Facebook, HP, entre outras. Acreditamos que a SOFTSUL poderia atuar junto conosco na identificação de estratégias de fixação desses profissionais em empresas de TI do RS. Isto resultaria em empresas mais competitivas em nível internacional. Outras ações possíveis consistem, por exemplo, em oferta de cursos de especialização em áreas-chave e prospecção de parcerias internacionais.

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