Neste mês, entrevistamos o palestrante do último Panorama SOFTSUL realizado em novembro: Marco Antonio Da Re atua como Superintendente Regional Sul (RS/SC) – DÍGITRO TECNOLOGIA. É Engenheiro Eletricista formado pela UFSC, com MBA em Gestão Comercial pela FGV e MBA em Produtos e Serviços Telecom pela FUNCEFET RJ.
1) De que forma as empresas de TIC podem melhorar resultados através de uma boa gestão e planejamento para ampliar o mercado?
Marco Antonio: O importante hoje é saber identificar as tendências e os públicos alvos de cada um dos segmentos de mercado que essas empresas atuam. E as tendências que observamos estão muito ligadas à disponibilidade e à mobilidade. As empresas de TI, de uma forma geral, precisam estar cada vez mais focadas nas novas formas de comunicação do seu cliente e essas formas envolvem não só comunicação de voz, como também a comunicação através de outras mídias – principalmente, as mídias sociais.
2) Na sua visão, quais as dificuldades que as pequenas empresas de TIC/Serviços enfrentam no atendimento ao cliente?
Marco Antonio: Principalmente, o acesso a essas novas tecnologias. Elas acabam sendo disponibilizadas de uma forma muito rápida e nem sempre o pequeno empresário está com condições de acompanhar essas novas tecnologias. E o acesso à mão-de-obra cada vez mais caro e menos disponível sob o ponto de vista de qualificação.
3) A SOFTSUL (Associação Sul-Riograndense de Apoio ao Desenvolvimento de Software) é responsável por gerir o Programa SOFTEX no RS, que visa o aumento da competitividade das empresas do setor produtivo de Tecnologia da Informação e da Comunicação, especialmente da indústria brasileira de software. Em sua opinião, qual a importância do trabalho da uma agência de fomento à pesquisa e inovação para o setor de TI?
Marco Antonio: Os eventos que a SOFTSUL promove são significantes. Trazer pessoas que possam dividir experiências e falar um pouco sobre outros conhecimentos sem passar fórmulas mágicas, trocando ideias, é uma ótima oportunidade de compartilhamento com os membros filiados.
4) De que forma as empresas de TIC podem aumentar a competitividade diante deste momento de tantas mudanças na economia do país?
Marco Antonio: O que nós observamos é a falta de confiança no mercado, dados aos últimos acontecimentos político-econômicos. Mas o consumidor está aí. Ele de uma forma ou de outra continua consumindo, talvez de maneira mais racional e não de uma forma crescente, então isto acaba exigindo das empresas sejam mais competitivas. E ser mais competitivo é poder atender melhor as demandas do mercado. O principal ponto é conhecer cada vez mais o seu mercado de atuação, a esse novo público mais plugado e tudo aquilo que eles desejam. Como os investimentos estão mais reduzidos, dada essa situação atual, é importante racionalizar. Essas oportunidades que surgem precisam ser olhadas cada vez mais de perto.