1) Como o senhor analisa o mercado atual de TI no Brasil?
Mauricio – O Brasil tem passado por um dos piores momentos econômicos, a crise atingiu grandes e pequenas empresas. No setor de TI, o impacto não foi tão grave quanto em outros setores, manteve o crescimento, contratando e recebendo demandas. Acredito que as empresas e sociedade cada vez mais necessitam se atualizar tecnologicamente. A tecnologia da informação é fundamental para os novos modelos de negócios e iniciativas inteligentes. É um processo de transformação contínua, e isso representa crescimento para o setor de TI.
2) Quais as suas expectativas para o setor de TI em médio e longo prazo?
Mauricio – Acredito que com a crise e com grandes mudanças na economia, as estratégias de negócios passam a estar cada vez mais ligadas à novas tecnologias. A tecnologia não é mais um diferencial, é de fato uma necessidade. Acredito que os próximos anos serão bastante transformadores, marcados por novas iniciativas e modelos de negócios cada vez mais inovadores. De forma geral, o setor tem se tornado mais compartilhado e colaborativo propondo novas possibilidades. Apesar do otimismo do mercado para a TI e do aumento do número de vagas, há falta de profissionais qualificados para todas as competências e as empresas encontram dificuldades de contratar e manter os talentos devidos à grande disputa do mercado. As tecnologias têm criado novas profissões e o processo de formação destes profissionais é um pouco demorado.
3) Como o Conselho Empresarial da SOFTSUL poderá orientar para que as ações da Associação agreguem mais valor às empresas de TIC?
Mauricio – O conselho pode exercer um papel fundamental à SOFTSUL através de muita troca de informações e experiências, alinhando as necessidades e tendências de mercado com as empresas. O conselho é composto por uma equipe muito qualificada e influente no mercado do RS. Será muito importante o envolvimento de todos para que possamos orientar de forma efetiva à SOFTSUL.
4) Baseado na sua experiência na iniciativa privada, de que forma as empresas da área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do RS podem ampliar a sua competitividade?
Mauricio – Acredito que as empresas precisam trabalhar de forma mais colaborativa e compartilhada, temos um perfil muito conservador se comparado com outros estados e principalmente com as empresas estrangeiras. Entendo que os principais desafios do RS para ampliar a competitividade das empresas são melhorar as políticas de fomento, investimento em pesquisa e inovação, e maior integração entre empresas, instituições acadêmicas e governo.
5) Na sua visão, qual a importância do trabalho da SOFTSUL no fomento ao setor de TIC e de que forma a entidade poderia ser mais eficaz e mais abrangente?
Mauricio – A SOFTSUL tem desempenhado um papel bastante importante para o fomento do setor, promovendo programas e eventos que atendem as carências das empresas.
Acredito que precisamos aproximar as empresas para trabalhar de forma colaborativa com a instituição. Desta forma teremos uma melhor entendimento dos anseios e demandas das empresas. Além disso, teremos uma maior influência política e de mercado.