Setor de TI é promissor e empresas apontam cooperação e compartilhamento como diferenciais para crescimento
O mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação no Rio Grande do Sul desponta como um dos setores mais “promissores” diante da realidade econômica gaúcha. Essa pode ser uma das conclusões dos mais de 100 empresários que acompanharam o Conexão SOFTSUL realizado nesta quinta-feira, dia 24. Promovido pela SOFTSUL, incialmente, o evento contou com a palestra do professor Leandro de Lemos, economista e assessor da Pró-Reitoria de Administração da PUC-RS. Lemos apresentou uma análise da conjuntura econômica com o setor de TI, estabelecendo conexões entre a economia internacional e a local. Ao longo de cerca de 90 minutos o professor propôs ao público uma reflexão sobre um novo padrão de economia estabelecido mundialmente. “Todos estão revendo suas economias. Este é o game do endividamento”, afirmou.
Segundo ele “o Brasil não está tão mal. O Reino Unido, por exemplo, está com uma dívida de 4,6 vezes o seu PIB e os Estados Unidos, três vezes”. Ele acredita que o sistema financeiro brasileiro ainda é muito bem avaliado globalmente. “Continuamos na preferência dos investidores de fora.” No geral, o cenário permite identificar também que sofremos localmente a exaustão das principais economias no mundo. Todos os mercados estão disputando reservas, investimentos, capital especulativo.
Para o Rio Grande do Sul, Lemos propõe a reinvenção do processo de inovação. O velho deve ser apresentado para o novo de forma que possa conviver com os conceitos de cooperação e compartilhamento. Também esses conceitos nortearam a apresentação das quatro empresas que trouxeram seus cases de sucesso, apesar da crise. Eduardo Peres, diretor da DBServer, comemora o terceiro ano consecutivo com crescimento de 20% no faturamento e justifica o resultado positivo com a estratégia de compartilhamento e cooperação estabelecido até mesmo com a concorrência. “Mais do que uma ajuda conjunta, temos que crescer juntos. Claro, sempre fazendo a coisa certa, do jeito certo e de forma rápida com pensamento coletivo e resolvendo colaborativamente.”
Quanto à postura das empresas em relação à inovação, a Lexsis Sistema, representada por seu diretor comercial, Carlos Alberto Rigoti, mantém um comitê interno especial que debate regularmente todas as ações da empresa. Segundo ele, o crescimento da empresa para os próximos anos está vinculado aos canais de negócios. “Hoje temos oito canais no Brasil e queremos chegar a 30 até a metade de 2016”. O diretor ainda informou que a expansão internacional da empresa está focada no produto Queops que será focado no mercado de língua hispânica.
As outras duas empresas que participaram do painel também demonstram-se consolidadas no mercado. Tanto, Fábio Krohn, diretor executivo da Pandorga Tecnologia, que foi a primeira start up gaúcha a abrir escritório em Londres, quanto Rômulo Dornelles, diretor da Ilegra, com escritórios em São Paulo e nos Estados Unidos, entendem que não há como não sentir a crise econômica, mas que ambas tem como base a inovação, competividade e consistência em seus negócios.
O secretário da Fazenda de Porto Alegre, Jorge Tonetto, apresentou o Projeto da Prefeitura Municipal de Porto Alegre para a revitalização do 4º Distrito da cidade com base em modelos de “smart city”. Segundo ele, são várias as possibilidades de crescimento que o projeto irá trazer para o desenvolvimento econômico na capital e consequentemente no RS, como também são várias as oportunidades para o setor de TI.
Para acessar a palestra clique no link abaixo:
palestra softsul – Prof. Leandro de Lemos