Neste mês de Janeiro de 2018, entrevistamos Alfredo Bandeira Bohn – eleito Presidente do Conselho de Administração da SOFTSUL para a gestão de 2018 – 2019.
1) Como o senhor analisa o mercado atual de TI no Brasil?
Alfredo – Penso que o mercado está estagnado como o mercado em geral, mas existe um espaço muito grande para ser preenchido nos próximos anos. O que está faltando é uma nova política industrial que incentive a criação de novos aplicativos e serviços para as empresas gaúchas e brasileiras do setor.
2) Quais as suas expectativas para o setor de TI em médio e longo prazo?
Alfredo – O setor de TIC no Brasil passa por um momento crucial, temos diversas tendências e tecnologias emergentes que estão sendo assimiladas pelas empresas brasileiras, mas em descompasso com a velocidade exigida pelo próprio mercado. O Brasil é um grande mercado consumidor e com certeza a TI do RS deverá ocupar sua parte, tanto no RS como no País.
3) Quais ações estão previstas para contribuir com a SOFTSUL como Presidente do Conselho de Administração da SOFTSUL?
Alfredo – A SOFTSUL tem vida própria e as ações estão sugeridas pelo Conselho Empresarial e Conselho de Administração e já planejadas pela Administração Executiva. Como presidente do Conselho de Administração, as principais atividades serão: ser o ponto de contato entre o Conselho Empresarial, que é onde estão sendo geradas as necessidades e identificadas as tendências e carências, aprimorar a relação com as outras instituições que integram o Conselho de Administração e com os poderes públicos municipal, estadual e federal buscando recriar uma política industrial.
4) Baseado na sua larga experiência na iniciativa privada, de que forma as empresas da área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do RS podem ampliar a competitividade para enfrentar o mercado?
Alfredo – A maneira para ampliar a competitividade das empresas gaúchas e para enfrentar as gigantes estrangeiras que já estão atuando em nosso mercado, começa por assimilar de forma mais veloz as novas tendências tecnológicas, como por exemplo, IoT, blackchain, mobilidade, sistemas cognitivos, realidade virtual, etc. Além disso, as empresas necessitam melhorar seus processos e investir em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Então poderemos competir com preços, conhecimento e proximidade do mercado comprador, no contexto país.
5) Na sua visão, qual a importância do trabalho da SOFTSUL no fomento ao setor de TIC e de que forma a entidade poderia ser mais eficaz?
Alfredo – A SOFTSUL vem cumprindo um papel fundamental, desde a sua criação em 1994, para o desenvolvimento e fomento do setor de TIC gaúcho e brasileiro e deverá continuar com ações nos 6 pilares em que tem atuado e feito grandes avanços para muitas empresas: Funding, Tecnologia, P&D e INOVAÇÃO, Capacitação, Gestão & Negócios e Mercado.
Precisamos reagrupar forças com as Empresas de TI com as Instituições que compõem o Conselho de Administração, quais sejam ASSESPRO/RS, MCTIC/SEPIN, UFRGS, SUCESU/RS, GOVERNO DO ESTADO DO RS para alcançarmos um novo patamar de desenvolvimento. Devemos ter uma agenda onde iniciaremos com os pontos convergentes com estas Instituições, mas além destas, será necessário desenvolver uma agenda positiva com as outras instituições do setor, bem como com agências de fomento e universidades para romper esta onda de poucas perspectivas e avançarmos, efetivamente, para o século XXI.
