Marcos André Wanderley Gomes atua há mais de 30 anos em empresas de grande porte no setor do comércio, indústria e serviços na área de TI. Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Pernambuco, Marcos é pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação pela mesma instituição. Durante 20 anos, trabalhou como Gerente/Diretor de TI e coordenou a implementação de modelos de qualidade (ISO, MPS, CMMi e MPT) em mais de 60 empresas de desenvolvimento de software. Atualmente, ele exerce o cargo de Diretor de Tecnologia e Inovação do SOFTEXRECIFE, onde dirige projetos, junto a empresas e organismos governamentais (BNDES, FINEP, MCT, SEBRAE, EMBRAER, PETROBRAS, entre outros).
- Como o senhor avalia que o Sistema Softex pode contribuir com o setor de TI?
– A atuação do sistema Softex é muito relevante para a TI brasileira, em vista da capilaridade e da abrangência dos agentes no país. Precisamos dinamizar este patrimônio gerado durante 2 décadas, e fazer com que o sistema se transforme numa rede com vida própria. Os primeiros passos já foram dados com a definição do novo modelo de governança definido no ano passado. Tenho uma expectativa bastante positiva quanto ao futuro do Sistema Softex.
- Diante das atuais dificuldades econômicas do Brasil, como o setor de TI pode continuar crescendo?
– No momento atual, um caminho bastante eficaz é através da implementação de modelos de maturidade nas áreas estratégicas das empresas. Os que já adotaram esta solução anteriormente deverão passar de forma menos turbulenta a fase que estamos vivendo. Outra medida é prospectar novas oportunidades de negócio, e a internacionalização é uma alternativa bastante competitiva, em vista da retomada do crescimento das economias externas e a desvalorização do real diante ao dólar.
- Quais as suas expectativas para o setor no futuro?
– O setor de TI tem uma característica bastante peculiar, pois mesmo em momentos de dificuldades econômicas, as empresas tendem a investir para enfrentar melhor a crise. Num primeiro momento, poderá haver um certo recuo no nível de investimento, mas num período razoavelmente curto esses investimentos deverão ser retomados. Mesmo reconhecendo que alguns segmentos da TI sofrerão abalos, mas no geral o setor crescerá.
- Qual a sua relação com a SOFTSUL?
– A SOFTSUL e o SOFTEXRECIFE vêm atuando em parceria em diversos projetos, tais como: BRAFIP, Missão CEBIT , MGPDI, entre outros. Além dessas ações, temos apoiado e recebido apoio nas mais diversas atividades que desenvolvemos nas nossas regiões, e que tenham alcance nacional. A SOFTSUL está entre os agentes Softex mais atuantes e acredito que com o novo modelo de governança do sistema, esta relação irá se estreitar ainda mais.
- Qual a importância da SOFTSUL para o setor de TI?
– Como já comentado anteriormente, a SOFTSUL é um dos agentes mais atuantes do sistema, e lidera diversos projetos de atuação nacional e mesmo regional em nível continental. Junto a isto, temos a importância do estado do Rio Grande do Sul no cenário nacional de TI, que faz da SOFTSUL um representante qualificado deste setor. Também temos a localização geográfica, que faz que o estado esteja próximo aos mercados sul-americanos, que torna a entidade, naturalmente, uma representante da TI nacional no continente. A SOFTSUL, tem um papel de protagonista no setor de TI, que deverá crescer de importância com a retomada da economia de países do Mercosul.
- Na sua opinião, por que a participação dos empresários brasileiros é importante na Missão Softex Canadá 2016?
– Esta é a quarta missão que realizamos ao exterior, e a segunda ao Canadá. Na primeira missão, podemos constatar “in loco” o potencial de atratividade do Canadá em relação a empresas estrangeiras. A realização desta 2ª missão ao Canadá, em menos de um ano, se deve aos contatos abertos no país e as oportunidades a serem exploradas. Fizemos dezenas de contatos, com instituições e empresas, e ficou claro que o nosso objetivo nesta segunda missão será o de atuarmos empresarialmente, através da realização de uma rodada de negócios. Esta que será coordenada pela Câmara de Comércio Brasil Canadá (CCBC) e contará com apoio do Greater Toronto Marketing Alliance (GTMA) e do Governo de Ontário, no Canadá e do Softex e APEX no Brasil. Os motivos da escolha do Canadá como porta de entrada para o mercado norte-americano são:
- As políticas de atração de investimentos do Canadá são bastante favoráveis em relação a outros países;
- O apoio de órgãos governamentais e entidades canadenses;
- O menor custo de Implementação em relação aos EUA;
- A proximidade geográfica com grandes mercados americanos;
- O acesso ao mercado norte-americano com mais facilidade, através de tratados bilaterais.