A reunião do Conselho de Entidades de Tecnologia da Informação do Rio Grande do Sul – CETI/RS que ocorreu na última terça, dia 15 de dezembro, encerrou os encontros do ano tendo como unanimidade entre os participantes, a preocupação com os reflexos da crise econômica do país no setor de TI.
“Analisando o impacto da crise político-econômica, observa-se um desânimo em diversos setores e a impressão de que as empresas estão resignadas com as consequências e o impacto em seus negócios”, comentou o presidente do CETI/RS, José Antonio Antonioni. Enquanto isso, os demais participantes, representantes das entidades, defendem a necessidade de um posicionamento para o setor e, até mesmo, uma manifestação conjunta sobre a situação no país.
Na sequência foi comentada a aprovação (em 09/12/15), por unanimidade, do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 77/2015, que institui o Código de Ciência, Tecnologia e Inovação e promove uma série de ações para o incentivo à pesquisa, à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico. Esta aprovação é de suma importância para o setor, pois representa a possibilidade de um grande avanço para a pesquisa e desenvolvimento no país.
Tratando a PLC 77, Robinson Klein, da Assespro Nacional, sugere que o setor desenvolva uma agenda de P&D e que cada entidade traga suas sugestões e que estas sejam levadas para a Academia. Segundo ele “é importante que se fortaleça o grupo para que tenhamos maior representatividade e que as entidades acreditem que a integração pode gerar força e resultados”.
Ainda demonstrando preocupações com o setor, foram comentadas as alterações no MCTI, a extinção da SEPIN e as mudanças na FINEP. Segundo os presentes, o que falta é um Programa Nacional de Fomento ao Software, que substitua o TI Maior que não funcionou.
Encerrando as atividades do encontro, foi lembrada também a medida provisória da Presidente Dilma que acabou com os incentivos à inovação, conquistados pela Lei do Bem. Segundo os integrantes do CETI-RS, sem os incentivos, as chances do setor e consequentemente do país melhorar, diminuem muito. Caíram com ela, o incentivo à inovação tecnológica nas empresas e a desoneração de impostos nos eletrônicos (smartphones e tabletes).