Robert Janssen, duplo cidadão brasileiro e americano, iniciou sua carreira no segmento de tecnologia em 1986. Ocupou diversos cargos executivos com foco em desenvolvimento de negócios internacionais desde 2001. Atualmente atua como CEO da Outsource Brazil, provendo aconselhamento estratégico para organizações que buscam expansão dos negócios e mercados, em especial na América do Norte, Europa e Ásia. Robert é um palestrante altamente requisitado para temas de globalização e internacionalização, tendo proferido mais de 300 apresentações nos cinco continentes. A sua formação Americana foi realizada no Vale do Silício, onde iniciou a sua carreira em 1982. Através da sua experiência e relacionamentos adquiridos a partir do eco sistema do Vale do Silício, conjugado com sua atuação em internacionalização que fundamentou a atuação em aceleração de startups a partir de 2009.
- Como o senhor enxerga o mercado de TI no Rio Grande do Sul?
O mercado de TI no RGS é um dos mercados mais maduros e profissionais no Brasil. Sua tradição e sua cultura se transferem na excelência e qualidade das soluções e serviços prestados. No RGS fica evidente o compromisso com acuidade e foco com resultados.
- Diante das atuais dificuldades econômicas do Brasil, como o setor pode continuar crescendo?
Crise é na realidade um processo positivo, mas que durante o seu desdobramento exige sacrifícios. Em essência, crise quer dizer que o modelo atual não funciona mais, e um modelo novo ainda não foi consolidado. Este espaço entre um momento e outro é justamente o que chamamos de crise. Portanto, para continuar a crescer precisa-se entender o que no modelo antigo não funciona mais, e quais as alternativas de novas abordagens, conjugado com as mais recentes tendências tecnológicas podem atender melhor os problemas que precisam ser solucionados.
- Quais as suas expectativas para o setor no futuro?
Brasil sempre encontrou no passado caminhos para mitigar crises. O setor de tecnologia tem um papel preponderante na busca de novos caminhos para se sair da crise, uma vez que lida com componentes fundamentais para a promoção do crescimento econômico. Trata-se da inovação e empreendedorismo, algo que parece existir em abundância no RGS. Na medida que as próprias inovações tecnológicas oferecem modelos onde as empresas aumentam sua capacidade de atender as demandas do mercado, o setor continuara no seu processo de consolidação como um dos setores que mais contribui para o desenvolvimento do país.
- Qual a sua relação com a SOFTSUL?
Acompanho o trabalho da SOFTSUL e do seu líder, o Antonioni desde o fim do século passado. Como um dos consultores do programa de incentivo a exportação de software brasileiro, fui testemunho do posicionamento forte que a SOFTSUL adotou para poder ser um interlocutor forte, capaz de traduzir através da indução de programas de incentivo e capacitadas, para assim oferecer as melhores oportunidades de avanço empresarial pelas empresas gaúchas. A minha relação pessoal com a SOFTSUL é de expectador e torcedor de forma permanente e ocasionalmente de colaborador.
- Qual a importância da SOFTSUL para o setor?
Importância imperativa. Toda região que consegue atingir um nível de destaque, tem por trás um articulação estruturada do setor através de organismos privados que não somente representam os agentes do setor, mas conseguem também transitar e influenciar o processo de formulação de políticas publicas que ofereçam sustentabilidade e capacidade de crescimento para as empresas da sua região. Além disto, conseguem mapear e entender onde existem lacunas na cadeia de valor, e procuram justamente criar e gerenciar iniciativas que ajudem a preencher estas necessidades, e assim consolidar uma posição forte, destacada e integradora dos demais setores econômicos.