Em sua segunda edição, evento da Elipse Software promoveu a troca de conhecimentos sobre inteligência operacional e smart grids em São Paulo
Motivada pelo sucesso da edição passada, a Elipse Software voltou a realizar seu evento técnico com foco em inovação, tecnologia e conhecimento, criando um ambiente onde os participantes puderam trocar experiências com profissionais renomados e conhecer cases de sucesso. Neste ano, o Elipse Tech foi organizado em duas trilhas: inteligência operacional e smart grids. O encontro atraiu um grande público, entre empresários e parceiros dos setores de automação industrial e energia, que estiveram presentes no Centro de Convenções do Hotel Meliá Paulista, em São Paulo.
Marcelo Salvador, diretor de negócios, abriu o evento fazendo uma breve apresentação sobre o mercado e a visão de futuro da Elipse Software. Especializada no desenvolvimento de soluções para o gerenciamento em tempo real de processos industriais, energia, saneamento e infraestrutura, a empresa aproveitou o encontro para divulgar não só suas tecnologias e cases de sucesso, mas também para falar de novidades voltadas aos campos da automação e internet de um modo geral.
Foi justamente esta a linha de raciocínio seguida por Alessandro Bueno, Gerente do time de Desenvolvimento de Negócios em Projetos de Inovação da Microsoft, em sua apresentação sobre “A transformação da plataforma tecnológica para uma nuvem inteligente”. A partir da visão estratégica de mobile-first e cloud-first, Bueno apresentou a estratégia utilizada pela Microsoft para prover a convivência e migração de aplicações de missão crítica locais para um modelo híbrido. Uma vez concluída essa migração, é possível utilizar recursos de nuvem, enquanto se mantém os requisitos de segurança e regulatórios de aplicações locais, alinhados às principais tendências tecnológicas e econômicas.
Segundo ele, a Elipse Software é uma grande parceira e, como tal, sentiu-se muito contente ao ser convidado para abrir o evento. Uma empresa muito bem conceituada no segmento onde atua, trazendo soluções que estão migrando do modelo tradicional para o modelo de nuvem e mobilidade, andando muito em linha com as estratégias da Microsoft.
“Muito do que mostrei aqui, falando de evolução e futuro, faz parte de como a Elipse vai entregar seus softwares. Este tipo de ação só nos incentiva a realizar novos negócios e leads juntos. Muito bom”, afirmou o gerente da Microsoft.
Após o almoço, o evento foi dividido em duas trilhas com apresentações sobre inteligência operacional e smart grids. Dennis Becker, Engº Sênior no Itaú Unibanco, abriu a série de palestras sobre inteligência operacional, explicando como a automação pode ajudar os grandes Data Centers a atingirem altos níveis de confiabilidade e disponibilidade. Ao longo de sua apresentação, Becker revelou os benefícios trazidos com a automação, em especial, com o uso do Elipse E3 no Centro Tecnológico Mogi Mirim (CTMM).
Desenvolvida pela Elipse Software, a solução permite controlar remotamente os alarmes, sistemas de refrigeração e outros processos realizados neste Data Center, considerado um dos maiores do mundo, com um tamanho equivalente a 114 campos de futebol. Localizado em um terreno com 815 mil metros quadrados em Mogi Mirim, a 160 km de São Paulo, o CTMM faz o processamento e armazenamento de todas as operações do banco, com capacidade para atender o crescimento dessa demanda até 2050. Vale salientar que um em cada quatro reais processados no Brasil passam por esse Data Center.
Na sequência, Karen Cortez, analista de sistemas, falou sobre a utilização dos softwares Elipse E3 e Elipse Mobile, ambos desenvolvidos pela Elipse Software, na Águas Guariroba. Através das telas e comandos do Elipse E3, a concessionária controla, remotamente, os processos de captação, tratamento e distribuição de água, assim como a coleta e tratamento de esgoto em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Para reforçar ainda mais este controle, a Águas Guariroba adotou, em agosto de 2014, o Elipse Mobile, solução que permite acessar os dados do Elipse E3 via tablet ou smartphone.
Encerrada a apresentação do case, Maximillian Kon, fundador e diretor-geral da WisePlant, revelou algumas políticas e estratégias de segurança cibernética industrial e infraestrutura crítica que podem ser adotadas para garantir a proteção e segurança de redes industriais e sistemas de controle. Ao longo de sua palestra, Kon falou sobre vetores e superfície de ataque, hackers e as principais diferenças entre sistemas industriais e de informação. Tema que atraiu a atenção de Ricardo Molero, técnico da Coperion.
“Gostei muito da palestra sobre os cuidados que temos de ter com a ação dos hackers, dando dicas de quais as possíveis causas de problemas. Dentre todas, foi a palestra que mais chamou minha atenção”, disse ele.
Após um breve intervalo, Alexandre Balestrin Corrêa, diretor de desenvolvimento da Elipse Software, falou sobre as principais tecnologias disponíveis para construção de protótipos e aplicações voltadas à Industrial Internet of Things (IIoT) e sua fácil integração com os dispositivos móveis. Ao longo de sua apresentação, Corrêa fez uma breve demonstração do funcionamento do Elipse Mobile sobre uma plataforma Arduino.
Por fim, encerrando o ciclo de palestras na área de inteligência operacional, Samir Lima, consultor da Elipse Software, falou a respeito da virtualização e clustering. Com foco nas facilidades para a criação de um ambiente de alta disponibilidade, Lima abordou o funcionamento, as particularidades e os benefícios que motivam a virtualização de servidores com os sistemas da Elipse Software.
Na trilha de smart grids, Jean Gustavo de Souza, coordenador geral de comissionamento do Centro de Negócios de Subestações da WEG Transmissão & Distribuição, palestrou sobre os desafios a serem superados na automação de parques eólicos, como as longas distâncias entre equipamentos e a diversidade de protocolos de comunicação. Na sequência, Thiago Enei, coordenador de novas tecnologias da Energisa, falou sobre as diferentes tecnologias de Self-healing que podem ser implantadas em uma rede de distribuição de energia elétrica, analisando os pré-requisitos da infraestrutura, operação e envolvimento entre os stakeholders de diversas áreas técnicas.
“Gostei de todas as palestras referentes à geração de energia, área onde atuamos, em especial, da ministrada pela Energisa sobre automação e supervisão à distância”, disse Raphael Coutinho Freitas, diretor técnico da Kenax.
Encerrada a apresentação de Enei, foi a vez de Samuel Grazinoli apresentar o case sobre a aplicação do Elipse Plant Manager na UHE Santo Antônio, onde trabalha na manutenção de sistemas de automação, telecom, proteção e controle. Com 34 unidades geradoras, quatro linhas de transmissão em 500kV e 18 comportas de vertedouro, a usina possui um dos maiores ativos do setor elétrico brasileiro. Neste contexto, foi necessário buscar uma ferramenta, no caso, o Elipse Plant Manager, capaz de prover o registro de perturbações e fornecer dados para realização das análises de desempenho dos sistemas. Case que despertou a atenção de Sérgio Oliveira, analista de engenharia do Itaú Unibanco.
“Gostei de saber como o software de vocês tem ajudado a Santo Antônio Energia a analisar as informações relacionadas aos equipamentos da usina”, afirmou.
Após o intervalo, Ulisses de Oliveira, coordenador técnico na área de automação de subestações da Automalógica, e Rafael Augusto, engenheiro eletricista da Elektro, falaram sobre o sistema de automatismos de subestações desenvolvido pela Elektro em parceria com a Automalógica, utilizando a plataforma Elipse Power HMI na distribuidora. Ao longo da apresentação, os palestrantes abordaram os detalhes da implementação da solução da Elipse Software em nove subestações da Elektro, que resultou em otimização operativa, melhoria nos indicadores de qualidade, gestão e manutenção autônoma aliada à flexibilidade para ampliações e modernizações.
“Muito bom o evento por nos permitir conhecer novas tecnologias voltadas ao setor de smart grids”, disse Jorge Dean, gerente técnico de EPEC, empresa sediada em Córdoba, na Argentina.
Por fim, Ricardo Zocchio, coordenador de projetos da Prosys Engenharia, falou sobre a atualização tecnológica de SDCD’s na geração, destacando os resultados positivos que foram obtidos com a adoção de uma política para gestão do ciclo de vida dos alarmes em empresas de diferentes segmentos. Finalizadas as palestras, os participantes foram convidados a comparecer no coquetel de encerramento onde puderam trocar mais conhecimentos.
Mais informações sobre o Elipse Tech podem ser obtidas via os contatos.